Estavam com saudades dos poemas aqui no blog? Hoje, trago um soneto que o Machado de Assis escreveu em homenagem a esposa quando ela faleceu.
Carolina
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs o mundo inteiro.
Trago-te flores - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
O que acharam do poema? Gostaram?
Olá, Tainan! Li esse poema pela primeira vez em um livro chamado "Antologia de Antologias", que reúne poemas dos principais poetas brasileiros. É um livro muito bom, que já li duas vezes, e pretendo algum dia comprar para mim. Acho esse poema muito triste, mas ao mesmo tempo bonito, e adoro.
ResponderExcluirVim avisar que te indiquei na TAG "Livros Opostos", lá no Loucura Por Leituras Você pode conferir as perguntas pelo link: http://loucura-por-leituras.blogspot.com.br/2016/04/tag-livros-opostos.html
Não conheço esse livro, vou pesquisar para conhecer, mas pelo que você falou, parece bom, adoro poemas brasileiros. Concordo com você: é belo e triste.
ExcluirEstava aqui procurando uma enquete para responder, mas esse poema me fez parar e comentar o post.
ResponderExcluirSou apaixonada por poemas, mas confesso que nunca havia lido os do Machado de Assis.
Amei!!!