Sinopse: O Sol ardente contribuía para irradiar a luz própria das igrejas da
Cidade do Vaticano. Cenário ideal para uma misteriosa conversa entre o
Cardeal Giglio e Sua Santidade, o Papa. Diante de um secreto dossiê, o
Papa dá carta branca ao cardeal, para combater o Mal com o Mal. Perante
tal contexto, não se iluda o leitor que está diante de uma mera ficção
religiosa. O autor, J. Modesto reuniu neste livro suas diversas cenas de
terror e suspense, e que, de forma inteligente contextualizou-as no
submundo do tráfico de entorpecentes de São Paulo e Rio de Janeiro.
Lugar no qual o bem e o mal, o certo e o errado, confrontam-se
diariamente, mas do que se possa imaginar. Com esta mistura engenhosa de
realidade e ficção, o leitor se depara frequentemente com a dúvida do
que é ou não real.
Oi
gente!
Hoje
a resenha é de um livro nacional. Rufem os tambores, lustrem o chão
com suco de limão, e espalhem pétalas de rosa, por que esta
resenhista que vos escreve raramente lê um livro nacional.
Maaas,
vamos ao que interessa e falemos sobre Trevas, um livro de suspense,
do autor J.Modesto – mesmo autor de Anhangá, A fúria do
Demônio e O Vampiro de Schopenhauer
–, publicado pela Giz Editorial em 2006.
Quando
escrevemos resenhas, geralmente começamos falando sobre quem pode
gostar do livro em questão, e quem pode não gostar, de acordo com o
perfil do leitor – isso por que nosso gosto são muito subjetivos.
Eu mesma não tenho muita afinidade com livros sobre vampiros,
lobisomens ou zumbis, então é de se esperar que esse livro não
tenha sido do meu agrado.
Mas
vamos explicar o que não me conquistou no livro:
Achei,
logo de início a narrativa arrastada, com muitas páginas
descritivas e pouca interação e ação em comparação a isso. A
narrativa é em terceira pessoa, e não há somente um ponto de
vista, como é comum na maioria dos livros. Tal escolha de narrativa
deve ser sempre tratada com cuidado para não deixar a leitura
confusa – o que foi exatamente o que aconteceu comigo, que acabei
não me prendendo a nenhuma personagem em específico, e por isso na
metade da leitura tive de retroceder por ter me confundido com tantos
personagens, que abrangem um justiceiro, com um poder aquisitivo
razoável e conhecimentos de artes marciais que o levam a ter o
codinome de “Nunchako Vingador”, um empresário com uma forte
ligação com o crime organizado e o tráfico de drogas que não se
parece em nada com o que vemos nos nossos criminosos e mais parecia
uma caricatura de gangster dos anos setenta, uma dupla de
investigadores (um deles, mexicano, – por que em CSI, NCSI, Major
Crimes, Desaparecidos, e séries e filmes em geral sobre policiais
tem que ter mexicanos), um assassino de aluguel vindo dos morros
cariocas, um cardeal italiano, um vampiro e um demônio, e nessa
salada nem acrescentei os personagens secundários. Em resumo, essas
foram as principais razões de eu não colocar os livros entre os
meus Top 10.
Por
outro lado, sei muito bem que há leitores que não se importam com
narrativas descritivas, e que gostam se narrativas com vários pontos
de vista, e é notável que o autor é influenciado pelo estilo de
Mary Shelley, Anne Rice e H.P. Lovecraft. – e por isso, se você
gostou desses livros, vai gostar de Trevas. – um ponto pessoalmente
positivo, é que o vampiro do livro não é um pretenso ícone da
cultura pop adolescente – desculpe gente, mas um vampiro que brilha
e sobrevive século e séculos sem sangue humano é a meu ver, contra
as regras dos vampiros.
É
isso pessoal, qualquer dúvida com relação ao livro, estamos a
disposição, é só deixar nos comentários.
Até
a próxima,
Haidy.